quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Cap 13 - Eu não queria dizer adeus.

Chamei um outro táxi e deixei as meninas em casa e fui pra minha,.

Em casa, me espantei com tanta bagunça. Nem meu quarto era tão bagunçado quanto a sala neste momento. A televisão não estava mais lá, vários arranjos da minha mãe no chão e muitas caixas cheias e vazias.
Ao ver Maria Perguntei: Mary, pra quê tanta bagunça? Meu chinelo azul estava aqui na sala ontem e hoje eu nem vejo o chão.
Então ela me respondeu: Oh Joinha, (ela sempre me chamava assim) suas coisas estão em seu quarto, eu já arrumei tudo que é seu, só faltam essas coisas de computador que eu não entendo nada, vai lá Jô arrumar logo aquilo.
Corri pro meu quarto e ele estava simplesmente VAZIO! Fora a mesa do meu notebook que era embutida e as coisas de meu celular. Sentei no chão sem meu carpete favorito, gelado e comecei a imaginar o que aconteceria na minha vida a partir de agora. E ali eu fiquei, por uns vinte minutos, imovel. Não chorei, não lamentei, apenas senti medo do que estava por vir.
Derrepente a fome bateu e eu fui até a cozinha, peguei um biscoito e fui pra sala. Foi ai que meu pai apareceu e disse.
Pai: Oi Filha, como você está? Sua Mãe me falou de sua reação. Sinto muito, mas recebi uma ótima oportunidade. Irei ganhar melhor e vamos morar num bairro bem legal no Rio de Janeiro. Minha empresa ainda te deu uma bolsa em uma das melhores escolas do Brasil, nós queremos sempre o melhor pra você Filha.
Ouvindo ele falar aquilo, senti que a vida estava me dando um novo começo, com novos planos. E apenas sorri e fui ao encontro de meu pai para o abraçar. Foi o mais longo abraço que já deu nele nesses 15 longos anos. Depois de um tempo abraçados, decidi que não seria eu que ficaria triste, afinal, o Junior nem ligava pra mim, eu sou a mais zoada da escola e eu conversaria com as meninas todo dia via internet e nem daria pra sentir tanta falta, já que minha Mãe garantiu que elas viriam nas Férias de Junho pra me visitar e nós iriamos ao cinema, ao teatro, a praia e tudo isso super diferente de tudo o que a gente estava acostumada em Santos.

- Quer saber? Decidi aceitar o que a vida me deu. 
E que venha o RIO DE JANEIRO!

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A escritora.

Rebeca Monteiro, 19 anos, sonhadora, escritora e compositora. Buscadora de sonhos e realizadora dos mesmos. Nada como acordar e acreditar que esse pode ser um dia melhor não é mesmo??

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