terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Cap. 12 - A noticia parte 2.

Não podia acreditar no que a vida tinha planejado pra mim. Fiquei no quarto chorando e imaginando como eu contaria aquilo pra Pam e pra Jaque e como eu viveria sem elas, sem a escola, sem o Junior, sem a casa que eu nasci. Tá certo que esse não é o capitulo mais alegre e divertido da minha história. Eu sei também que eu não deveria estar triste por ir pra cidade da qual, 10 entre 10 Brasileiros gostariam de morar, só que eu não queria, eu gosto daqui e pra falar a verdade, odeio mudanças, elas me assustam muito.

Passaram algumas horinhas depois da noticia e eu decidi sair de casa, pegar um taxi e ir até a escola, pra conversar pessoalmente com as meninas e saber qual seria a reação delas, já que viviamos juntas desde sempre e eu achava que seria pra sempre (ai já to eu me lamentando de novo). Coloquei um short jeans e uma blusa estampada, chinelo e uma bolsa branca que eu adorava e um chinelo comum, ta certo que eu estava triste mas andar feia por ai nem pensar, dignidade acima de tudo. Fui, chegando lá estava na hora da saida e quando elas me viram se espantaram, pois elas achavam que tinha acontecido algo horrivel, já falei pra vocês o quanto essas meninas são exageradas? Não, Ok.. nas próximas linhas vocês verão.

Elas me abraçaram e começaram a me questionar a falta já que era mais fácil o Cristo redentor do que minha mãe deixar eu faltar aula, falei que queria conversar, quase chorando, fomos no shopping com o mesmo carro que havia me levado a escola, fomos quietas, num silêncio revelador e angustiante que estava me deixando aflita.
Chegando lá, fomos num restaurante, sentamos e ai eu comecei a explicar tudo o que a minha mãe me falou e em lágrimas expliquei minha ida repentina e se volta para o Rio de Janeiro.
Nesse momento a Pam começou a rir e a perguntar onde estavam as câmeras, essa garota não existe, eu falei que não era mentira, ai ela me abraçou, e me apertou tanto que quase me faltou o ar, eu não conseguia falar, eu não queria falar, eu queria sentir o abraço e a energia da minha melhor amiga.
Já a Jaque, bom, ela como sempre muito contida e responsável, falou que meus pais sabiam o que era melhor pra mim e que isso seria bom pro meu futuro, que eu conheceria muita gente nova, bonita e divertida, Sinceramente, eu me orgulho da serenidade da Jaque, queria ser assim mas como não sou abraçei-a e fique agarrando e chorando e chorando e abraçando as duas durante horas e horas pra ver se toda a dor que eu sentia fosse embora mas não foi.

Um tempinho depois minha mãe me ligou falando que era pra irmos pra casa pois as coisas já estavam sendo arrumadas pra nossa mudança daqui a dois dias.


- Como assim eu vou pro Rio de Janeiro em 2 dias? NÃO VAI ROLAR FESTCHENHA DE DESPEDIDA? AI que horrooooooooor!

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A escritora.

Rebeca Monteiro, 19 anos, sonhadora, escritora e compositora. Buscadora de sonhos e realizadora dos mesmos. Nada como acordar e acreditar que esse pode ser um dia melhor não é mesmo??

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